171 RELIGIOSO!!! SHOW DE FANTOCHES SOB A DIREÇÃO DE
PINÓQUIO!!!
Fonte: www.pulpitocristao.com.br
O cafumango, sujeito espertalhão, grandes sonhos de poder,
desejo de dominação, olha para o mercado e vislumbra que a sua iniciação como
trabalhador não será fácil. Primeiro emprego é balela lulista, chupetinha com
mel para os que, abaixo da linha de pobreza, desafortunados, tristemente
excluídos, se contentam com uma boquinha de R$ 60,00 mensais do bolsa esmola.
Afinal, dá pra comprar arroz, feijão, farinha e um bocadinho de rapadura.
Rapaz com pouca idade, mas com muita lábia e rico em
imaginação, logo vaticina: desse mato não sai coelho.
Fazer o quê, imagina consigo mesmo. Então lhe vem à mente
uma atividade que não demanda
grande esforço físico (porque afinal não é trator pra
carregar peso): pregador/profeta. Isso mesmo, ele será um pregador. Daqueles
com muita verve, contundente, imperativo. Um Rui Barbosa das lides evangélicas.
Ainda no esforço de pensar e tecer seus planos mirabolantes,
imagina que esse mister não será difícil. Afinal, prova disso é a performance
do apóstolo Valdemiro: nenhum conhecimento bíblico, muita lábia, forte apelo
emocional e… pumba! Sucesso.
Deixando os pensamentos fluírem, vai além, viajando pelas
brumas esfumaçadas do impossível, e, quase no ‘limbo’ , encontra o Show man
Marco Feliciano: “pregador” de sucesso. É o limite para o seu auto
convencimento. O que será necessário, se indaga. Hummmm…
coça a cabeça, cutuca o dente (com o mesmo dedo), olha para o horizonte, olhar
perdido, contemplando o nada e então lhe vem uma ‘revelação’ : aprender, ler
livros de auto ajuda, fuçar na internet, que tem tudo; decorar os chavões,
sonoridade das palavras, entonação de voz, empostação.
Tudo é jeito. Decide que não vai mexer nos cabelos, nada de
alisamento, aliás, breguice tem limite. Roupa bem chamativa, basta combinar
preto e vermelho, abóbora com azul, amarelo e verde, como aquele do DNA, há
instantes citado. Se é pra copiar, que seja no strinks.
É preciso uma unção especial… da galinha não pode, já tem
dono, inclusive com registro em vídeo.
Leão de Judá, nome danado de bonito, impactante, mas também já tem
proprietária, certamente até com registro em cartório. Poderia até usar, mas
sem andar de quatro, porque aí seria plágio completo.
Unção da prosperidade… unção de riqueza… de restauração…
unção de Jacó. Acha que por aí a coisa funciona. É bem isso, ao contrário dos
demais, que têm uma marca, um chavão que os caracteriza e ‘denuncia’ , ele terá
muitos, inúmeros. Será criativo.
A pregação é coisa de somenos… basta dar uma volta no velho
testamento, pega aqui e acolá um ou outro patriarca, pincela Gênesis, passa por
Crônicas, Juízes; se concentra nas maldições de Deuteronômio, manda ver com
Davi e, entre uma e outra pregação muda a ordem das coisas, mas sem sair do
lugar, sempre se mantendo em território conhecido.
Nunca ousar o Novo Testamento! Nunca! Esse negócio de graça,
jamais! É tiro no pé. O tal do Paulo é atraso de vida: prosa difícil, nada de
impacto, pouca possibilidade de subversão. Decididamente não. Fica então
estabelecido: nada de evangelhos.
O negócio é maldição hereditária, quebrar tudo, renunciar,
pedir perdão aos mortos; dizer que o sujeito pode, que faz e acontece; mandar
repetir frases porretas e ao final, expulsar todos os ‘coisa ruim’ , dando nome
pra cada um, que é pra impressionar (não pode esquecer).
Depois de tudo, o término, ápice da apresentação. O grand
finale é a cura. Primeiro, olhar pra ver se não tem paralíticos, cegos, doenças
assim constatadas, aparentes. O negócio é curar moléstias internas, invisíveis
aos olhos (lembrei do Saynt Enxupery).
Traçados os rumos, é de bom alvitre fazer um treino
intensivo com os parceiros do G 12. Eles têm muito tempo de estrada.
Experiência é tudo nesse ‘negócio’…
Eis como nasce um pregador/profeta nos tempos modernos.
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Fonte: Ricardo Mamedes